Notícias

Crise faz brasileiro pagar menos parcelas e entrada maior na compra a prazo

Fonte: InfoMoney
Flávia Furlan Nunes Com a crise financeira internacional, o crédito concedido aos consumidores ficou mais restrito. As duas principais medidas tomadas para limitar a oferta foram o encurtamento dos prazos de pagamento e a exigência de uma entrada para a aquisição de um bem a prazo. "Hoje, é o encurtamento do prazo que está sendo mais usado, o que afeta mais a baixa renda, além da exigência de 10% ou 20% do valor do bem na entrada", afirmou o vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel de Oliveira. Baixa renda é mais prejudicada Conforme ele explicou, as pessoas de menor poder aquisitivo são as que mais sofrem com esta restrição do crédito, uma vez que o número de parcelas cai e o valor sobe de modo significativo. "O aumento da taxa de juros adiciona só alguns reais à prestação. Mas, com os prazos menores, a exigência de renda fica maior". Isso porque, segundo Oliveira, o valor de uma prestação não pode ser superior a cerca de 25% da renda mensal da pessoa interessada. Com a parcela muito mais cara, aumenta a exigência de renda e as classes com menores ganhos vão sendo prejudicadas. Outras formas de restrição O crédito ainda fica restrito, devido à crise, a ponto de algumas modalidades não serem oferecidas. "Os bancos deixam de operar com algumas linhas". Outra forma de restrição é a exigência de mais dados dos consumidores. "No financiamento habitacional, a resposta era dada em um dia. Agora, a pessoa espera uma semana", explicou Oliveira. Questionado sobre em que linhas de crédito há uma maior restrição, tendo em vista que todas passam a ser limitadas, ele afirmou ser nas de imóvel e automóvel, por serem bens de maior valor agregado, o que leva a um risco de inadimplência maior, principalmente com o crédito mais caro. O cartão de crédito, mesmo com taxas de juros mais altas, pode ser uma alternativa para quem precisa de um dinheiro adicional a qualquer custo. Porém, de acordo com o vice-presidente da Anefac, "ele não proporciona prazos superiores a 12 meses e a pessoa ainda fica refém de um limite". O que fazer? Diante desta situação, Oliveira indica ao consumidor que espere mais um pouco para aderir a um financiamento ou tomar um empréstimo, porque as condições vão melhorar. "Aos poucos, a oferta deve aumentar e o preço, diminuir. Em cerca de dois meses", finalizou o vice-presidente.
voltar

Links Úteis

Indicadores de inflação

08/2024 09/2024 10/2024
IGP-DI 0,12% 1,03% 1,54%
IGP-M 0,29% 0,62% 1,52%
INCC-DI 0,70% 0,58% 0,68%
INPC (IBGE) -0,14% 0,48% 0,61%
IPC (FIPE) 0,18% 0,18% 0,80%
IPC (FGV) -0,16% 0,63% 0,30%
IPCA (IBGE) -0,02% 0,44% 0,56%
IPCA-E (IBGE) 0,19% 0,13% 0,54%
IVAR (FGV) 1,93% 0,33% -0,89%

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.7983 5.7992
Euro/Real Brasileiro 6.1162 6.1312
Atualizado em: 26/11/2024 07:50