Notícias

Salários ganharam mais peso na economia

Cássia Almeida Os números definitivos da economia brasileira em 2006, divulgados ontem pelo IBGE, mostraram que a remuneração do trabalho ganhou peso no país. As remunerações, que englobam salários e contribuições como INSS e FGTS, apropriaram-se de 40,9% dos R$2,370 trilhões que o país produziu em 2006. No ano anterior, esse percentual era de 40,1%, num movimento que vem crescendo desde 2004. Enquanto isso, o capital, representado pelos lucros das empresas (o excedente operacional bruto), perdeu espaço, de 35,2% para 34,8%. O aumento do emprego, que subiu de 90.906 ocupações para 93.247, foi o principal responsável pelo avanço dos salários no Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). O IBGE revisou a expansão de 2006, que subiu de 3,8% para 4%, com a inclusão de dados que não estavam disponíveis na época. - São sinais de mudança que permaneceram em 2007 e 2008 - afirmou Roberto Olinto, coordenador de Contas Nacionais do instituto. Para exemplificar o avanço dos ganhos dos trabalhadores, Olinto fez as contas e chegou a uma injeção adicional de R$1,5 bilhão por mês na participação do trabalho em 2006. Para o economista Claudio Dedecca, da Unicamp, o avanço dos salários é importante, mas corre risco. A participação pode cair dependendo do comportamento da economia, que crescerá menos em 2009: - Qualquer deterioração da na economia pode mudar esses números. Com a crise financeira, se mantivermos a renda será uma vitória. O crescimento do emprego foi decisivo para o aumento de participação até 2005. Em 2006, a renda passou a ser mais relevante. Mesmo assim, a valorização do salário mínimo tem explicado a recuperação do rendimento, na opinião de Dedecca. A negociação coletiva tem conseguido altas menores, diz: - Houve concentração dos salários em torno do mínimo. O mercado de trabalho mais aquecido também explicou a queda da informalidade na economia, de 10,1% para 9,7% em 2006, refletindo o aumento do emprego com carteira.
voltar

Links Úteis

Indicadores de inflação

08/2024 09/2024 10/2024
IGP-DI 0,12% 1,03% 1,54%
IGP-M 0,29% 0,62% 1,52%
INCC-DI 0,70% 0,58% 0,68%
INPC (IBGE) -0,14% 0,48% 0,61%
IPC (FIPE) 0,18% 0,18% 0,80%
IPC (FGV) -0,16% 0,63% 0,30%
IPCA (IBGE) -0,02% 0,44% 0,56%
IPCA-E (IBGE) 0,19% 0,13% 0,54%
IVAR (FGV) 1,93% 0,33% -0,89%

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.785 5.7855
Euro/Real Brasileiro 6.0827 6.0976
Atualizado em: 26/11/2024 09:28