Notícias

Juros a pessoas físicas recuam a níveis antes da crise

Os juros e os "spreads" bancários cobrados de pessoas físicas voltaram aos percentuais vigentes antes de o país ser atingido pela crise financeira mundial, em setembro de 2008.

Fonte: Valor EconômicoTags: juros

Os juros e os "spreads" bancários cobrados de pessoas físicas voltaram aos percentuais vigentes antes de o país ser atingido pela crise financeira mundial, em setembro de 2008. Mas, no caso das operações com empresas, os spreads continuam mais altos, embora a taxa final aos tomadores tenha recuado, em função nos cortes na taxa Selic. Entre março e abril, os juros médios cobrados no crédito livre a pessoas físicas caíram de 50,1% para 48,8% ao ano. É o menor percentual observado desde maio de 2008, quando estavam em 47,4% ao ano. A redução dos juros bancários a pessoas físicas se deve, principalmente, ao corte dos spreads bancários, que recuaram de 39,8 para 38,5 pontos percentuais (pp.) de março a abril. É o menor valor desde agosto de 2008, quando o spread estava em 37,6 pp. O custo de captação dos bancos permaneceu em 10,3% ao ano em abril, em virtude da relativa estabilidade nos juros futuros.

Apesar do recuo recente, os juros e os spreads bancários cobrados de pessoas físicas ainda permanecem maiores do que os valores observados em 2007. Em dezembro daquele ano, o juro bancário médio era de 43,9% ao ano, e o spread, de 31,9 pp. Em 2008, o spread subiu com o aperto nas condições monetárias promovido pelo Banco Central, taxação do crédito com Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e redução na disponibilidade de financiamento internacional para os bancos.

As taxas médias de juros cobradas das empresas tiveram leve redução entre março e abril, de 28,9% para 28,8% ao ano. Isso significa que os bancos repassaram a seus clientes apenas fração da queda nos custos de captação, que, no período, recuou de 10,9% para 10,5% ao ano. A maior parte foi incorporada aos spreads bancários, que subiram de 18% para 18,3% ao ano. Os juros às empresas voltaram aos patamares vigentes antes da crise - em agosto, eram de 28,3%. Mas os spreads permanecem acima dos 14,7 pp. em agosto de 2008. O aumento do spread se explica pela maior inadimplência, que cresceu de 1,6% para 2,9% entre setembro de 2008 e abril de 2009.

voltar

Links Úteis

Indicadores de inflação

08/2024 09/2024 10/2024
IGP-DI 0,12% 1,03% 1,54%
IGP-M 0,29% 0,62% 1,52%
INCC-DI 0,70% 0,58% 0,68%
INPC (IBGE) -0,14% 0,48% 0,61%
IPC (FIPE) 0,18% 0,18% 0,80%
IPC (FGV) -0,16% 0,63% 0,30%
IPCA (IBGE) -0,02% 0,44% 0,56%
IPCA-E (IBGE) 0,19% 0,13% 0,54%
IVAR (FGV) 1,93% 0,33% -0,89%

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.8239 5.8259
Euro/Real Brasileiro 6.1275 6.1425
Atualizado em: 27/11/2024 09:57