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Vendas se manterão firmes, mas rentabilidade deve cair
Segundo a previsão do presidente do Sindusfarma, os custos de produção de remédios ficaram mais altos
As vendas de medicamentos no Brasil deverão continuar firmes em 2014, mas a rentabilidade dos laboratórios que atuam no País deverá cair, segundo Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sindusfarma).
A expectativa é de que o setor cresça entre 12% e 13% em receita este ano, para R$ 56 bilhões, se confirmadas as estimativas.
No ano passado, a receita bruta do setor foi de R$ 49,6 bilhões. Para o próximo ano, a expansão poderá ser acima de dois dígitos, impulsionada pelos genéricos.
"A indústria farmacêutica continuará crescendo. Em 2013, o setor cresceu o equivalente a cinco vezes o produto interno bruto (PIB), mas o que preocupa mesmo e a rentabilidade para o próximo ano", afirma Mussolini.
Segundo ele, os custos de produção de remédios ficaram mais altos. "A mão de obra está mais cara. O dissídio da categoria ficou em 8,5% este ano. Além disso, o setor tem seus preços regulados. O reajuste médio este ano ficou em 4,54%, bem abaixo dos custos de produção", diz o executivo.
Câmbio. O presidente do Sin-dusfarma ressalta também a valorização do dólar, o que, para um setor altamente dependente de produtos importados (as indústrias importam cerca de 70% dos insumos para medicamentos), eleva o custo da produção. A moeda americana iniciou o ano cotada a R$ 1,80 e deve encerrar a R$
2,40, lembra Mussolini.
Ele acredita que a margem de descontos das indústrias para o varejo também deverá recuar. "O segmento de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) é muito sensível a preço. Nesse setor, embora a marca forte atraia compra, o preço influencia na decisão do consumidor." Os MIPs representam cerca de 30% das vendas totais das indústrias.
O mercado de genéricos deverá mais uma vez manter um crescimento médio maior em relação às vendas totais de medicamentos.
Os laboratórios que atuam nessa categoria apostam na expiração de dez novas patentes de importantes medicamentos no próximo ano, o que deverá estimular a receita desse segmento./M.S.
Destaques
R$ 56 bi
é a receita prevista pela indústria de produtos farmacêuticos para o ano de 2014, com crescimento entre 12% e 13% em relação a este ano
4,54%
foi o reajuste médio dos medicamentos em 2013; segundo o presidente do Sindusfarma, dissídio coletivo da categoria ficou em 8,5%
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