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5 dicas de como usar o Instagram para vender durante a crise
Com a pandemia, uso da rede social cresceu 40% mundialmente. Saiba como usar a plataforma para impulsionar as vendas no período
Com 82 milhões de usuários, o Brasil é o terceiro país com mais contas cadastradas no Instagram em todo o mundo, segundo um levantamento do site Statista. Mundialmente, sua popularidade cresceu ainda mais com a pandemia: o uso da rede social, assim como o do WhatsApp e Facebook, cresceu 40% na segunda quinzena de março, segundo dados consultoria Kantar.
A maior presença dos usuários na rede traz oportunidades a empreendedores. Uma pesquisa realizada no ano passado pela Ipsos mostrou que 85% dos entrevistados dizem que o Instagram ajuda na descoberta de novos produtos. Já 83% afirmam que já tomaram a decisão de comprar um produto pela plataforma.
Mas só publicar fotos de produtos e exagerar nas #hashtags não garante uma estratégia de vendas bem-sucedida. Quem consome por ela quer, também, interação e conteúdos de qualidade. Para entender quais são as melhores práticas nesta hora, PEGN conversou com Adriana Grineberg, diretora de operações do Instagram para América Latina.
Abaixo, listamos cinco dicas para a sua empresa fazer sucesso e impulsionar as vendas pelo Instagram:
1. Tenha uma conta comercial
O primeiro passo para impulsionar o uso da plataforma para os negócios é criar ou transformar o perfil da empresa em uma conta comercial. A conversão pode ser feita nas configurações do aplicativo e garante acesso a ferramentas extras, como análise de dados e opções de impulsionamento de postagens.
Também é importante que o perfil tenha uma identidade que apresente sua marca para os visitantes. Entre os conteúdos, vale ter desde aqueles que mostram detalhes dos produtos até os que apresentam os bastidores do negócio. Definir a linguagem adequada para a comunicação também é importante.
2. Foque no seu público
Ter milhares de seguidores e incluir dezenas de hashtags das postagens, segundo Adriana Grineberg, não é tão importante quanto parece. Em especial para as empresas locais, o sucesso em termos de vendas dependerá muito mais de quem são os seguidores que a acompanham.
“O dono de uma loja não quer só que muita gente entre nela. Quer que entrem muitas pessoas que vão comprar os seus produtos”, explica a diretora. “Também não adianta atingir pessoas que estão fora da área que ele atende.”
Quem já fez um plano de negócio sabe bem qual é o seu público-alvo. Vale, então, desenhar estratégias de como se conectar a ele e usar a plataforma para multiplicá-lo. Divulgar o perfil entre a base de clientes e impulsionar publicações são algumas formas de fazer isso.
3. Adapte a estratégia ao seu modelo de negócio
Desde 2018, o Instagram disponibiliza aos usuários brasileiros uma ferramenta que permite conectar postagens a sites de e-commerce. Os posts podem ser marcados com uma tag que exibe preços, detalhes e um link da loja virtual na qual o produto é vendido.
Hoje, há empresas que facilitam a criação de um e-commerce para esse tipo de conexão. É o caso da Bagy, fundada em 2017 por Pedro Rabelo. Em março, a plataforma registrou um aumento de 250% no número de cadastros realizados. “Muitos clientes sabiam que a venda online era importante, mas as vendas físicas eram o que pagava as suas contas”, diz o empreendedor. “Com a crise, o faturamento caiu e a necessidade de digitalizar aumentou.”
Apesar do crescimento da relevância do e-commerce, Adriana Grineberg destaca que esta não é a única forma de impulsionar as vendas usando a rede social. É possível usar a conta para impulsionar a divulgação e receber pedidos por direct ou até por WhatsApp. Em tempos de quarentena, há desde os que entregam por aplicativos até os que recorrem ao próprio carro. “O Instagram atua como vitrine dos negócios que não conseguem manter a loja aberta”, diz.
4. Divulgação não é tudo
Apesar de funcionar como vitrine, o ideal é que o perfil da empresa não se limite apenas à divulgação de produtos e promoções. Oferecer conteúdos variados ajuda a se conectar com os usuários e a tornar a página mais interessante. “Negócios que se aproximam dos seguidores e criam conteúdo autêntico tendem a ter mais simpatia do consumidor”, aponta Adriana.
A conexão também traz algumas responsabilidades, como a de estar disponível para responder dúvidas e mensagens dos potenciais clientes. “Se você não responde, é a mesma coisa que alguém entrar na sua loja e você não estar lá para atender.”
A experiência de compra também deve ser boa de uma ponta à outra, da visualização da postagem ao recebimento do produto. Clientes satisfeitos, vale lembrar, são uma fonte extra de divulgação, podendo indicar o seu trabalho a outras pessoas e até fazer postagens sobre ele em suas próprias redes. “Todos querem ajudar um negócio que gostam a sobreviver. Então, convide-os a falar bem de você”, sugere ela, indicando ainda a comercialização de vale-compra (vouchers) como uma estratégia complementar para gerar receita.
5. Explore diferentes formatos
O aumento no número de lives desde o início da quarentena é tão grande quanto parece. Segundo Adriana Grineberg, o número de transmissões ao vivo dobrou no último mês e é uma oportunidade para marcas se conectarem com os seguidores. Também têm sido o modo encontrado por alguns segmentos, como o fitness, para oferecer conteúdos e serviços à distância.
Na linha do tempo, onde estão os posts “duradouros”, é importante caprichar nas fotos para chamar a atenção de quem olha. A diretora diz que é interessante, por exemplo, recorrer ao carrossel de imagens para exibir diferentes ângulos e detalhes de um produto. Hashtags podem ajudar a conectar a postagem a algum tema específicos, mas não são garantia de que ele trará novos seguidores ou clientes à sua página.
Já os populares stories são conteúdos menos produzidos, mais informais e com várias possibilidades de engajamento. Grineberg sugere, por exemplo, usá-los para anunciar ações promocionais mais imediatas ou a disponibilidade de alguns pedidos. É neles também que fica mais fácil conversar diretamente com os seguidores. “Pense em um conteúdo que tenha a identidade da sua marca”, sugere a diretora. “Como ela fala? Como ela conversa? Traga essa alma do seu negócio para o conteúdo.”
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